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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Na luta contra o câncer, estudantes desmistificam o pariri

De repente, a realidade de três adolescentes do pequeno distrito de Azurita, em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passou a ficar mais perto da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Depois de defender um projeto de ciências na Universidade de São Paulo (USP), alunos de uma escola pública têm a chance de concorrer a bolsas de estudos para uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior do mundo.

Num distrito com cerca de 5 mil habitantes, os adolescentes Cristopher Mateus Carvalho, Jaqueline Campos Costa e Júlia Maria Resende, de 15 anos, se tornaram verdadeiros heróis. “A cidade inteira está sabendo. Outro dia, um menininho até me pediu autógrafo”, conta Jaqueline, que se surpreendeu com o pedido, mas não hesitou em viver os momentos de fama.

O trabalho dessa turma foi comandado pela professora de biologia Fernanda Aires Guedes, de 25 anos, da Escola Estadual Manoel Antônio de Souza. Em dezembro de 2011, ela convidou os três para participar da pesquisa “Comprovação do potencial medicinal da planta pariri (Arrabidae chica) e suas aplicações químicas em produtos fitoterápicos”.

O pariri é uma planta medicinal difundida por toda a população de Mateus Leme, desde que houve um fato emblemático na cidade. Em 1995, um morador afirmou ter sido curado de leucemia depois de ter tomado o chá da folha. 

Para comprovar o potencial medicinal da planta, os alunos foram, primeiramente, a campo para consultar pessoas que usavam a folha. Em seguida, realizaram a prospecção química, para descobrir as propriedades da planta, e aplicaram o extrato do vegetal em quatro placas de bactérias patogênicas (Salmonella, Lactobacillus, E.coli e Shigella). Ao final, produziram produtos fitoterápicos como pomada, sabonete e hidratante. 

“Nós descobrimos a verdadeira fórmula do pariri”, afirma Júlia, listando suas propriedades fitoterápicas: “Serve como antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante. Funciona no tratamento de anemia, dores intestinais, hemorragia e diarreia sanguinolenta”. 

E o mais importante: auxilia no tratamento de câncer. “Quando alguém faz quimioterapia ou radioterapia, sofre uma queda de hemácias. Ao tomar o chá, aumenta-se a hemoglobina no sangue”, explica Jaqueline. 

A equipe de Azurita faturou cinco prêmios na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, realizada na USP há 15 dias. E foi uma das quatro selecionadas para participar de um evento mundial, nos Estados Unidos, em maio deste ano. A Intel ISEF (International Science and Engineering Fair) é a maior feira para estudantes que ainda não chegaram ao nível universitário. Os melhores colocados ganham bolsas de estudos para ingressar na Universidade de Harvard. 

“A gente ia ao laboratório de química pensando sempre em ver alguma substância explodindo. Agora, percebemos que a biologia e a química vão muito além”, diz Cristopher. Após a experiência do projeto, ele planeja seguir carreira na área. Jaqueline quer ser médica, e Júlia pretende cursar engenharia química.

A professora Fernanda ressalta que o projeto vai proporcionar uma mudança total na vida dos alunos. “Agora mesmo, eles irão começar as aulas de inglês para a apresentação nos EUA. São experiências que, talvez, jamais fossem vividas, pois são adolescentes carentes”.

Mãe de Jaqueline, Iara de Campos Lacerda, de 41 anos, completou apenas o ensino fundamental e está orgulhosa da conquista da filha. “Não é só gente de escola particular que pode. Eles mostraram que quem é de colégio público também vai longe com o estudo”. 

O caminhoneiro Sebastião Ferreira, de 57 anos, comemora a viagem de Júlia para os EUA, mas descarta a ideia de a filha estudar lá. “Tem muito ladrão forte por aqui, mas o nosso Brasil também é muito bom. Ela vai ter que arrumar uma bolsa para estudar no país de origem”.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

COMO FAZER MUDAS DE PARIRI

O pé de pariri cresce como arbusto de pequeno porte (+ou– 1,80m de altura) por uma braçada de largura. É planta típica de região quente-úmida, com índice pluviométrico elevado. Pode ser cultivada em céu aberto porque gosta do sol apenas depois de crescida a muda. Enquanto a muda não estiver fortalecida, deverá crescer numa área de sub-bosque, o qual deve ser sombreado até 50%. O solo deve ser o areno-argiloso, mas em solos de terra roxa ou de várzea, não sujeitos a inundações periódicas, o desenvolvimento é melhor. E o espaçamento entre os pés deve ser de 3m x 3m.
Com o intuito de espalhar esta planta pelo Brasil, estou retirando mudas e enviando a quem possui interesse. E algumas pessoas sempre me perguntam como se dá o processo de retirada de mudas.
Não tenho muita habilidade com plantas em geral, mas após vários testes, cheguei à conclusão que o método abaixo, apesar de demorado (cerca de 2 meses), foi o mais proveitoso. Assim, para aqueles que já possuem o Pariri e desejam retirar mudas, segue as dicas:

ETAPA 1
Corte um pequeno galho do Pariri, conforme a foto abaixo. Não há qualquer problema em cortar galhos que já possuem folhas formadas. Retirei esta muda por que, observando a parte superior, verá que já existe um pequeno broto onde a folha será formada.



ETAPA 2
Coloque o galho em um recipiente, trocando a água todos os dias para oxigená-la. CUIDADO COM O MOSQUITO DA DENGUE!!!


ETAPA 3
Note, ao fundo do recipiente, a formação de raiz. Este processo de surgimento da raiz demora em média 3 ou 4 semanas! Antes disso, a forma de saber se a planta está se desenvolvendo se dá por meio de observação no desenvolvimento das folhas e surgimento de pequenos pontinhos brancos na extensão do caule submerso na água (daqui sairão as raízes).
CUIDADO COM O MOSQUITO DA DENGUE!!!


ETAPA 4
Quando houver grande formação de raízes, a planta poderá ser retirada da água e transferida para a terra. Faça o plantio em terra que garanta um bom desenvolvimento da planta.
CUIDADO COM O MOSQUITO DA DENGUE!!!


ETAPA 5
Use somente água para irrigar a planta, lembrando que os destinatários já costumam fazer uso de muito medicamento químico em seu tratamento médico.


ETAPA 6
Após algumas semanas na terra...


FASE DE COLHEITA DAS FOLHAS
Posteriormente, poderá visualizar sua "pequena muda" com este tamanho e colher folhas para fazer o chá, que deve ser feito com a folha totalmente seca.



Como faço para receber a muda de Pariri?
Entre em contato conosco através da aba "Em que posso ser útil?" no menu à esquerda deste blog ou pelo Whatsapp, conforme número indicado abaixo. As mudas serão enviadas de acordo com a ordem de pedidos e disponibilidade.

Como faço o pagamento?
O pagamento é realizado mediante boleto bancário.

Qual o valor da postagem?
O valor varia de acordo com a modalidade de envio (PAC ou Sedex), mediante fornecimento do CEP.

Qual a forma de envio você sugere?
Sugiro a escolha pela modalidade SEDEX para evitar o armazenamento da muda em local fechado por muito tempo.

A sobrevivência da muda é garantida?
NÃO! A muda será encaminhada com todo cuidado para sobreviver, mas este risco fica por conta do destinatário, pois após a postagem o remetente perde o controle sobre a correspondência.

PROJETO PARIRI PELO BRASIL: SEJA UM BRAÇO AMIGO!
Temos o objetivo de fazer esta planta chegar a todos os lugares do Brasil. Clique aqui e conheça os pontos comerciais e de voluntários que fornecem o Pariri.

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ATENÇÃO: O USO DO CHÁ NÃO DISPENSA O ACOMPANHAMENTO MÉDICO.